A dermatofitose na rotina clínica veterinária
A aproximação dos pets com os humanos vem aumentando nos últimos anos, o que acarretou inúmeros benefícios, em termos de qualidade de vida e cuidados aos animais. No entanto, esse estreitamento dos vínculos também predispõe à transmissão de alguns patógenos, entre os pets e seus tutores. Um exemplo são os dermatófitos.
Dermatofitose
A dermatofitose é uma antropozoonose muito comum na rotina clínica de animais de companhia afetando, mundialmente, 4 a 15% dos cães e, em média, 20% dos felinos (ANDRADE et al., 2019). É altamente contagiosa e a sua disseminação ocorre por duas vias: pelo contato direto com animais infectados, ou indireto, pela exposição aos esporos fúngicos ambientais (MULLER et al., 2013).
Trata-se de uma infecção cutânea, superficial, onde os microrganismos invadem e sobrevivem em estruturas queratinizadas, utilizando a própria queratina como nutriente. Os agentes em questão são do gênero Microsporum spp. e Thricophyton spp (MULLER et al., 2013).
Vamos falar de diagnóstico?
Ferramentas, como lâmpada de Wood, por exemplo, são utilizados como meio de triagem. Porém, devemos lembrar que resultados negativos não excluem a infecção, assim como os positivos não devem ser utilizados como absolutos, pois a presença de algumas substâncias também fluorescem, sob a emissão da luz.
O diagnóstico definitivo, neste caso, é realizado através de cultura fúngica, o que há pouco tempo demandava uma espera de, em média, 20 dias.
Atualmente, a VP Diagnóstico está disponibilizando o teste RapidVet®-D, com o qual é possível a aferição, quanto à presença ou ausência de dermatófitos na pele, em apenas 4 dias.
Como isso é possível?
O grande diferencial do nosso teste é um substrato exclusivo de reação diferencial, o qual permite que os organismos alvos metabolizem vários nutrientes e produzam substâncias metabólicas alcalinas, mais rapidamente quando comparado ao meio Sabouraud ou Taplin. Essa mudança ocorre dentro de quatro dias, e apresenta uma cor vermelha intensa. O meio contido no RapidVet®-D também suprime mais agressivamente o metabolismo de outros organismos, que também poderiam fazer com que o indicador de pH alterasse a cor, e resultasse em uma porcentagem maior de falsos positivos (informações extraídas do Manual RapidVet®-D Companion Animal).
O período necessário para que os organismos alvos (dermatófitos) causem a mudança de cor é menor que o de outros microrganismos. Assim, uma alteração de cor, ou a sua ausência, pode ser considerada, estatisticamente, uma indicação da sua presença ou ausência na amostra.
Tenho visto, na prática clínica dos nossos clientes, além da rapidez na resposta, uma possibilidade da identificação microscópica do agente envolvido, o que o torna ainda mais satisfatório.
Comercialmente e clinicamente falando, estamos diante de uma possibilidade de fornecer uma resposta precisa, em um curto espaço de tempo. Tal evento evita, inclusive, um gasto desnecessário por parte dos tutores, que, com a demora na resposta, muitas vezes são orientados a iniciarem um tratamento, a fim de evitar o agravamento das lesões, presumidamente, provocadas por dermatofitose.
Finalizo com o depoimento de uma de minhas clientes ativas – Dra. Georgia Bernardon – que sempre me relata o quanto o teste tem sido útil e importante. Ela atua em clínica, além de dar aula na faculdade de Medicina Veterinária da IMED, na cidade de Passo Fundo, RS:
“Estamos realizando muitos testes com o RapidVet®-D, e está dando muito certo. Todos os dias recebemos consultas de dermatologia. Tem sido bastante útil, na clínica e nas aulas, e os alunos estão adorando.”
Dra. Georgia Bernardon.
Formada pela Universidade de Passo Fundo – UPF
Pós Graduada em Clínica Médica de Pequenos Animais pela EQUALIS.
Mestre em Experimentação, pela UPF.
Atualmente atuo em Clínica Médica de Pequenos Animais e como Representante da VP Diagnóstico.
REFERENCIAL
- Andrade, V; Rossi, G.A.M. (2019). Dermatofitose em animais de companhia e sua importância para a Saúde Pública – Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal. 13: 142– 155.
- Miller, W.H.; Griffin, C.E.; Campbell, K.L. (2013). Muller and Kirk’s Small Animal Dermatology. 7ª ed. Elsevier Health Sciences, 948p.
REGISTROS DOS TESTES
Georgia S. Bernardon Médica Veterinária/Professora Universitária – Esp. em Cães e Gatos c/ ênfase em Dermatologia